Eternidade Vazia
Em todas as manhãs frias,
E em todas as noites chuvosas,
Continuei aqui com a cabeça levantada.
Admirando os raios que cruzam os céus,
Procurando respostas e lutando contra minha consciência.
Tentando sentir a verdade,
Olhando acima do céu,
Andando abaixo da terra,
Ouço apenas o silêncio,
Na minha eternidade vazia...
A procura do amor eterno,
Encontrei a imensurável dor nas mentiras,
Que como sagradas, ao vento foram pronunciadas,
E tornando-se flechas traspassaram minha alma...
Nesta eterna batalha entre a razão e a insanidade,
Apenas meu sangue corre,
Como pagamento as palavras vazias...
E tudo o que encontro,
Não é nada do que preciso.
Enquanto a fria chama da solidão queima no meu peito,
As palavras ecoam no vazio do meu ser,
Misturando-se aos caóticos sentimentos,
Em uma divina maldição,
Na minha eternidade vazia...