O Sexo Das Flores

Deita e tira o véu

Busca insensível

Deliberando apático sentimento

O chão incisou, fecundo.

Numa cilada constante

Símbolo exposto

Amostra de beleza

Debaixo do solo

Raízes desnudas

Rasas e profunda

Insinuam caricias

Do solo fértil e veril

Momentos de prazer

Entrelaços e gemidos

Sem braços, sem dor.

Colos úmidos

Indefinido sabor

No escuro debaixo

Lá fora, do sol, ejacula calor.

Surge o orvalho a regar

Orgasmo da noite

Levanta exalante,

Chamando atenção

Prolifera, e faz crescer.

Os ramos a saudar

Múltiplos e bígamos

Nasce a flor

Fruto desse amor...

Márcio Oliveira

17/11/09

MÁRCIO DE OLIVEIRA
Enviado por MÁRCIO DE OLIVEIRA em 04/08/2010
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