PENUMBRA SEM LUZ.

A tarde de inverno é terna/tenra e até morna.

Aconchega/acalenta a alma inquieta na aflita saudade que

matiza e camufla seus íntimos recantos.

Acalanto/canto/tanto/enquanto.

Saudade de tudo/ausência de nada, a lembrança é penumbra que se afasta da luz...

...reluz/ressoa/entoa/entorna/entorta a fase/face, a vida.

A saudade chega na tarde grisalha com sol tímido e faz doer ao saber que não há como tocar novamente aquele ser que se foi, a não ser na lembrança.

Lembranças que chegam ora como céu azul,ora como borrasca e por vezes como meras/belas/suaves nuvens esparsas/esparramadas sobras/sombras de luz.

As horas passam lentas,sorrateiras/derradeiras e o peito sufoca a ausência que traduz no melhor sentido o invernal momento.

Se fosse por definição diria que a saudade é sol forte/intenso,porém sem calor.

Restos/resquícios de lembranças,pequenas fagulhas na alma,rastros de penumbra em ausência de luz.

Márcia Barcelos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 04/08/2010
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