PENUMBRA SEM LUZ.
A tarde de inverno é terna/tenra e até morna.
Aconchega/acalenta a alma inquieta na aflita saudade que
matiza e camufla seus íntimos recantos.
Acalanto/canto/tanto/enquanto.
Saudade de tudo/ausência de nada, a lembrança é penumbra que se afasta da luz...
...reluz/ressoa/entoa/entorna/entorta a fase/face, a vida.
A saudade chega na tarde grisalha com sol tímido e faz doer ao saber que não há como tocar novamente aquele ser que se foi, a não ser na lembrança.
Lembranças que chegam ora como céu azul,ora como borrasca e por vezes como meras/belas/suaves nuvens esparsas/esparramadas sobras/sombras de luz.
As horas passam lentas,sorrateiras/derradeiras e o peito sufoca a ausência que traduz no melhor sentido o invernal momento.
Se fosse por definição diria que a saudade é sol forte/intenso,porém sem calor.
Restos/resquícios de lembranças,pequenas fagulhas na alma,rastros de penumbra em ausência de luz.
Márcia Barcelos.