Natureza
Outra noite
Entre antigos ruídos
Anos tantos
Apesar de ter crescido e amanhecido
Mas a força da natureza
Que bate na janela
Uiva, soa, desagua
E me acorda para a vida
Por mais confortáveis
Protegidos e quentes
Que estejamos
A fúria mostra-se
Tão poderosa
Aos uivos dos ventos
A melodia da chuva exposta
Não há contentamento
Só contemplação
E o aceite
De menores seres sermos
Então
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Se não consegui explicar-me
Adequadamente
Quis, quase demente
Descrever que a força
Da mente em solidão
Ou mesmo em ebulição
De devaneios coerentes
Não pode ficar inerte
Indiferente
Ao barulho da janela
Que uiva ao vento
Chora com a chuva
E tão alto o som da natureza
Que coloca em seu diminuto lugar
Todo e qualquer
Pensar
Pesar