Natureza

Outra noite

Entre antigos ruídos

Anos tantos

Apesar de ter crescido e amanhecido

Mas a força da natureza

Que bate na janela

Uiva, soa, desagua

E me acorda para a vida

Por mais confortáveis

Protegidos e quentes

Que estejamos

A fúria mostra-se

Tão poderosa

Aos uivos dos ventos

A melodia da chuva exposta

Não há contentamento

Só contemplação

E o aceite

De menores seres sermos

Então

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Se não consegui explicar-me

Adequadamente

Quis, quase demente

Descrever que a força

Da mente em solidão

Ou mesmo em ebulição

De devaneios coerentes

Não pode ficar inerte

Indiferente

Ao barulho da janela

Que uiva ao vento

Chora com a chuva

E tão alto o som da natureza

Que coloca em seu diminuto lugar

Todo e qualquer

Pensar

Pesar

Katharina Vaz
Enviado por Katharina Vaz em 03/08/2010
Código do texto: T2415236
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