Foto por Luis C Nelson

 
Digo-te que desta missa não sabes a metade e que neste mar é ainda mais triste sentir saudade! E digo-te que aqui os meus amanheceres são menos risonhos, enquanto que os anoiteceres ficaram um pouco ou muito mais tristonhos. Confesso-te que a minha endêmica paixão pelo mar resultou minada, depois da experiência de haver tido a tua mão, todos os dias dos últimos tempos, na minha mão enlaçada. “Nos últimos tempos”, eu disse! Se tal expressão eu bem aferisse...! E, posto que a vida já de nós tomou os tempos primeiros e médios, urge que nos tais "últimos" fiquemos sempre juntos e sejamos dos nossos males, os próprios remédios. É ao amanhecer que escrevo estas linhas, vendo o Sol a nascer! Nasce equatorial e rubro através da pequena janela, cujas cortinas abro e o descubro. Admiro sua nudez de luz filtrada, até minha vista se sentir incomodada. Oh! Mas o recém-nascido rápido se ergueu, a poesia se esboroou, o meu dia não é só meu e teu, é também de quem mo comprou (snif)...Vou trabalhar...sim, eu vou, eu vou...
 
Feliz dia de aniversário, amor!
 
Mares da Ásia, 27/07/2010
 
Luis C Nelson
Enviado por Luis C Nelson em 02/08/2010
Reeditado em 02/08/2010
Código do texto: T2413495