MINHA PENA

Quando sugam-me os direitos de vivente,

Como fosse um imenso aspirador,

Não bastando as torturas permanentes,

Ainda querem se apossar do meu pensar,

Mas este eu nunca vou entregar,

Cabendo a Deus quando quiser me confiscar,

Desconsolada já não tenho meus direitos,

As vigílias me cercam e atormentam,

Mas a tudo nesta vida tem um fim,

E depois da tempestade apenas venta,

E as coisas retomam aos seus lugares,

E as pessoas geralmente se reinventam,

Já não tenho ambições neste viver,

Quero apenas completar a minha pena,

Muito embora não saiba o que estou pagando,

Absorvo com bravura estas contendas,

Pois o olho de meu pai e criador,

Me observa e analisa a estas cenas,

Não se mete com estas minhas penúrias,

Segundo ele é assim que nós crescemos.

(Miguel Jacó)

Te lendo ... Apenas existir

Contando o tempo que ainda me resta

A vida já aproveitou muito de mim

Deixou vínculos profundo na minha alma

Riscou e na minha história deixou brechas...

Para o texto: MINHA PENA (T2413289)

Obrigado Morgana Del por esta eximia interação.