Contorna
E eu que não posso lhe olhar nos olhos.
Por que?
Me avista, me atira
Tira-me a roupa, insiste
Grita rouca
Me escolhe, me acolhe, revista a roupa e revira
O meu trapo, meu prato
Atira o retrato e se vinga
Esvazia meu copo
Se vira na cama
Se retira do ato
E quebra as minhas garrafas
e retorna
me devora
Enrola os lençóis e me molda
Se mostra, se oculta
me contorna e não dá nada