Minhas Vísceras Nessa Noite Lancinante
Canção em sânscrito popular
Em tons pastéis da alma
Sufrágio de superbíssimos méis
Colhidos entre os clássicos ciprestes.
Solto, grita a vida no tenaz imperfeito
Sou poeta da dor, da flor do peito
Que não tem jeito em se aprumar
Do pelourinho, trago a forca.
Duas mambas negras colhem gerânios
Dentro de mim, pouco de nada
Na terra emboscada, desramada
Patético bem-estar duma noite inspirada.
Faz de mim viagem de folha
Que ruma ao ponto e desaponta
Traz de esguelha, a forma da onda
Do mar, um alta a rechaçar.
A maré fundamental:
Tiros de fotos em caibros de sal
Dia na cava, malandro infernal
Janta a vela, arrota o castiçal.