Tive medos, quem não os tem? Tive momentos
de poesia que sairam do corpo e não, comumente
como  saem da alma.
Já não me conheço e nem sei muito de mim.  Esses
rabiscos saem do meu silêncio.  As palavras cam-
baleam e com dificuldade erguem-se e tentam fi-
xar-se no papel.      E eu, sofregamente, cuidado-
samente vou caminhando  na beirada do meio fio
dos sonhos.  E nesse caminho me aparo, lapido e
mudo.
Abro o coração e tristemente vejo que pouco sei de
mim.  No caminho que trilho não couberam todas
as emoções, sonhos e amor da minha existência.
E apesar de triste resolvo trocar o cinza que coloriu minha alma pelo colorido de novas emoções e sonhos
salpicando meu chão com gérberas azuis, rosas sem espinhos mas, mesmo assim meus pensamentos teimam em
tropeçar em ti.  Eu permito.
E o dia recomeça com a calma que a vida  traz su -
tilmente se repetindo, sublinhando, realçando.....

 ( e o Sol entra descaradamente pela janela, me
  cobre e não tento fugir).
ysabella
Enviado por ysabella em 31/07/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2409947
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.