CELEIRO DE ESTRELAS.

Mais uma vez se perdeu ao se encontrar na estrada sob a luz da lua alta e grávida,requintada e suntuosa no firmamento, onde astros aos montes se lançavam tal qual pirilampos em desvairada queda livre.

Estrelas cadentes/cadenciadas na beleza indiscritível da noite emoldurada entre formações rochosas margeadas por pastos iluminados por resplendorosa claridade lunar.

Lunática,seguia a vida em tons de silêncio e cegueira de sons.

Em riso/ siso

em ida/volta/reviravolta,mas sem revolta;

em vida sem data mais com prazo de validade ilegível.

Pneus rolando velozes/ferozes em rumo/prumo a um aconchego/porto seguro da alma exausta pela estrada e pela espera;

pela luta e pela paz conquistada na guerra diária pela sobrevivência.

O resplandecente céu coalhado de astros se fez moldura ideal para estancar as lágrimas e já quase podia tocar uma a uma as estrelas naquele imenso/infinito/incrível de tão crível pedaço de via láctea que se desenhava concretamente na noite que seguia em rumo adiante na rodovia.

Noite,paisagem e alma, tudo absolutamente enovelado por sublime magia de constelações que se espalhavam sem pudor no firmamento/ pasto de astros/celeiro de estrelas.

Márcia Barcelos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 28/07/2010
Código do texto: T2404562