SEM RESERVAS.
Percorro de norte a sul o teu ser,
Buscando-te, perco-me!
No maravilhoso dessas horas, sem óbices, tu te volves sensível.
Cavalgando-te, me entretenho nas saliências do teu corpo,
Entre espasmos e delírios se tornam vivos meus pensamentos,
E se desnudam meus segredos, se esvaindo as resistências!
Despe-te do Anjo,
Enquanto me deixo a ti, revelando, minhas fantasias,
Subjugam-me tuas mãos, num todo, atrevidas;
Açoitando-me os teus beijos..., Louca de amor, rendo-me!
Sem nenhum pudor me perco, enquanto te procuro,
E, quando sais de mim, prossigo no deleite desse instante...
Em êxtase, admirando-te, Anjo!
Que em muitas noites e no claro dos dias, homem se fez,
E sem reservas, eu pude amar...