A ave não voa, arrasta-se
sob a, neblina intensa e vento frio.
A luta incessante de um corpo
envelhecido, cansado, coração, desritmado
em pulsação acelerada, sufocante.
Do que adianta, a mente sentir-se jovem
permanecer ativa, se os componentes agregados
danificaram-se, não obedecem aos nossos comandos?
Sinto-me qual uma águia, sobre o penhasco ao amanhecer,
que ao vislumbrar os, primeiros raios do sol, orienta-se
por sua luz, abre as asas e deixa-se flutuar...
Minha vontade é a mesma as, condições são antagônicas!
Sou desprovida de asas, por não ser ave e na condição,
humana, sinto as dificuldades que a idade traz.
Que tempo é esse que, arrasta, consigo os animais,
sem importar-se com suas condições?
Aí reside a insignificância dos seres, perante a natureza
no imenso contexto, denominado, Cosmos!


Nadir A D'Onofrio
28/06/2010-21:04
Serra Negra/SP
 
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