Vislumbrava a tristeza sob o blush, sob os penteados. E assim eu as olhava...tocada por essa tristeza, que fazia aumentar a minha própria. Não sabia o que eram, o que faziam, além de devorarem a comida, como se aquela única refeição as salvasse delas mesmas. Embora frequentasse o mesmo lugar e comesse as mesmas coisas, ninguém notava o bom fantasma que me tornara. Um dia olhei nos únicos olhos que me imploravam...e entendi. Quis tirá-las dali, saber suas histórias; rompê-las nas membranas todas que as fizeram ser o que não eram. Tomei coragem quando um dos clientes se aproximou abruptamente de seu corpo franzino. Do meu deserto, acenei sorrindo. Ali noto que sou eu que aceno. Não o fantasma. Quebro a máscara paralisante em mim. Nasço!