Estranhamentos...

Despi-me de todas essas marcas impregnadas no corpo, dessas ilusões que agarram-se a pele e grudam entrando fundo na alma.

E estranhei-me quando os sonhos não me abraçaram e calei as mãos para o mundo, calei a boca, fechei os olhos e evaporaram toda forma que ainda resistia a esse toque de voar no chão.

Não, não há marcas, sons e tons

Como papel em branco se molda o coração,há pesares que o coração não suporta, há palavras que já não pertencem a nenhum dicionário.

Há estranhamentos perambulando de insônias, tentando acordar razão.

E há razão esquecida, abandonada em algum porão.

Marcia G
Enviado por Marcia G em 24/07/2010
Código do texto: T2397490
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