Estranhamentos...
Despi-me de todas essas marcas impregnadas no corpo, dessas ilusões que agarram-se a pele e grudam entrando fundo na alma.
E estranhei-me quando os sonhos não me abraçaram e calei as mãos para o mundo, calei a boca, fechei os olhos e evaporaram toda forma que ainda resistia a esse toque de voar no chão.
Não, não há marcas, sons e tons
Como papel em branco se molda o coração,há pesares que o coração não suporta, há palavras que já não pertencem a nenhum dicionário.
Há estranhamentos perambulando de insônias, tentando acordar razão.
E há razão esquecida, abandonada em algum porão.