HÁ LUZ NO CANDELABRO
Há luz no candelabro.
Volta ao barco. Não importa se a escuridão encobre as águas. Há luz no candelabro. Descobre-te ante essa tênue luz. Não te afogues no dilúvio do desanimo. A lágrima invasora que se arrasta pela tua face, deixa ardor na dor. E o seu gotejar contínuo, insta o descaso que a originou, a sucumbi para dentro do peito às razões que o abate e que em catástrofe transforma o teu íntimo.
De que te vale este túmulo, se ainda vives?
Não te detenhas, deita teus sonhos nas almofadas de nuvens sob a luz do candelabro, e te cercarás das mais surpreendentes visões que te trarão o horizonte.
Há luz no candelabro.
Jair Martins
junho/2010