Nossas Esquinas

A maestria dos versos leva-me ao caos

Contudo as ruas são sangrentas

Suas esquinas ébrias de vícios

Acopladas em mim, falanges siamesas

Poder que emana da lógica

Das vitórias, taludas e esquivas

Rirei calçando luvas amarelas

Sob luas e aquarelas

Consciente da luz maldita

Que, sedenta, lourece

E fenece!

Torno-me louco mascando chiclete

Com a barba alva envelhecida a betume

Embebida num tanque de lágrimas.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/09/2006
Reeditado em 23/09/2006
Código do texto: T239454
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