Nossas Esquinas
A maestria dos versos leva-me ao caos
Contudo as ruas são sangrentas
Suas esquinas ébrias de vícios
Acopladas em mim, falanges siamesas
Poder que emana da lógica
Das vitórias, taludas e esquivas
Rirei calçando luvas amarelas
Sob luas e aquarelas
Consciente da luz maldita
Que, sedenta, lourece
E fenece!
Torno-me louco mascando chiclete
Com a barba alva envelhecida a betume
Embebida num tanque de lágrimas.