Solamiente

De repente senti novamente teu sopro gelado de solidão que eu causei em ser assim, culpa-me um dia frio, mas já faz tempo que estou mais forte, e nesse tempo adquiri experiência bruta e burra de quem é surpreendido pelas conseqüências de seus próprios atos e não lhe resta saída a não ser levar a vida, lavar o rosto, tentar sorrir e conseguir. Quando já não são semanas nem meses e sim anos, tudo fica mais passado, a verdade aparece com o tempo, sim, mas até isso é relativo. Porque os dias foram tão bem pintados na tela da memória, que é preferível se alegrar com um pouco do que ter o resto da vida para esquecer, e isso nos faz escolher algumas verdades para acreditar, não estou falando de mentiras.

São só sorrisos os seus dentes, são só luz os seus olhos e só facas suas lágrimas. Quantos milhões de estrelas deixaremos de contar, e quantas fases da lua perdidas para nós; eu posso estar enganado, mas um homem não ama duas vezes. E eu te amo não muda nada. É uma questão de acreditar. Não é questão de vírgulas, é questão de viver o que você escolhe todo dia, só você pode conjugar o verbo continuar.

Drachir
Enviado por Drachir em 22/07/2010
Reeditado em 03/09/2011
Código do texto: T2393184
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