SOBRE AMORES E TRENS

Amor meu, até quando seguirei te amando?

E tu, até quando há de esperar por mim?

O inverno é arrogante com os apaixonados,

cobre com branco manto o mais puro amor.

Por isso, deixam, os trens, suas estações e seguem

rumo ao calor eterno dos trópicos, do tempo

em que não reinam tempestades, tormentas;

em que a água não congela, mas dá vida ao trigo

que trago comigo, trilha tênue que alimenta

as torres da terra de nossa terna ventura.

E quando os trilhos chegarem ao seu destino,

sinos hão de tilintar em mim e, enfim, meus lábios

se silenciarão nos teus e, assim, todas as dúvidas

repousarão na certeza de teus olhos.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 21/07/2010
Reeditado em 21/07/2010
Código do texto: T2391078
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