SOBRE AMORES E TRENS
Amor meu, até quando seguirei te amando?
E tu, até quando há de esperar por mim?
O inverno é arrogante com os apaixonados,
cobre com branco manto o mais puro amor.
Por isso, deixam, os trens, suas estações e seguem
rumo ao calor eterno dos trópicos, do tempo
em que não reinam tempestades, tormentas;
em que a água não congela, mas dá vida ao trigo
que trago comigo, trilha tênue que alimenta
as torres da terra de nossa terna ventura.
E quando os trilhos chegarem ao seu destino,
sinos hão de tilintar em mim e, enfim, meus lábios
se silenciarão nos teus e, assim, todas as dúvidas
repousarão na certeza de teus olhos.
>>KCOS<<