SUJEITO A GUINCHO

Na tentativa de escrever

Um poema

Gasto verbos, em versos

Perseguindo palavras

Novas

Reinvento frases

Tão ultrapassadas

Que não tenho coragem

De publica-las

O relógio

Renuncia um tempo

Que não existe

Mas, não posso

Aceitar o papel em branco

E ficar em paz com o silêncio

E nesse jogo

Onde poesia sempre ganha

E o poeta nunca perde

Vez em quando, uma vitória:

Um poema!!!

S. Paulo, 11/05/1997

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CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 18/07/2010
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