EXISTINDO NO ESCREVER
A escrita nos veste de ilusões,
Muitas delas tão inalcançáveis,
Porem nos fomenta o coração,
Pois escrevemos o que pra alma é palpável,
Se os fatos não solidificarem-se,
É possível que nem sejam almejados,
Haja vista que existindo no escrever,
Tenha cumprido sua tarefa desejada,
De suprir o meu "eu" com o alento,
De uma vontade antes não pronunciada,
Pelas barreiras que enfrentamos em nosso cárcere,
Aprisionado por pessoas desalmadas,
Que não enxergam um palmo alem de si,
E ainda se dizem serem tão abençoadas,
Pois alimentam aqueles com quem convive,
Mas se esquece de regar as suas almas,
E estas, vazias nos sucumbem rapidamente,
Como uma arvore que não tem acesso à água,
Tomara a Deus que eu possa sempre escrever,
Deste mundo nem sei se quero nada mais,
Meus experimentos por quanto me satisfazem,
Quero pra mim, e a humanidade imensa paz,
Louvo ao futuro de uma vida desencarnada,
Tendo a certeza desta ser a próxima morada.