ESTRANHA FORMA DE VIDA

               “ESTRANHA FORMA DE VIDA”

Que pena que tenha sido Alfredo Duarte e não eu quem tenha escrito a canção “Estranha forma de vida” e que não fossem palavras minhas as desses versos:

                                         Foi por vontade de Deus
                                         que eu vivo nesta ansiedade.
                                         Que todos os ais são meus,
                                         Que é toda minha a saudade.
                                         Foi por vontade de Deus.

Que pena que não tenha sido eu primeiro e sim Alfredo Duarte a descobrir a forma estranha que vive o coração: o meu, o dele

                                                  Que estranha forma de vida
                                        tem este meu coração:
                                        vive de forma perdida;
                                        Quem lhe daria o condão?
                                        Que estranha forma de vida.

Que pena que não tenha sido eu primeiro e sim Alfredo Duarte a descobrir o quão independente é o coração: o meu, o dele

                                       Coração independente,
                                       coração que não comando:
                                       vive perdido entre a gente,
                                       teimosamente sangrando,
                                       coração independente.

Que pena... Que pena que não tenha sido eu primeiro a desistir e dizer nestes versos: coração, “ Eu não te acompanho mais:”

                                       Eu não te acompanho mais:
                                       para, deixa de bater.
                                       Se não sabes aonde vais,
                                       porque teimas em correr,
                                      eu não te acompanho mais.