ETERNAMENTE AZUL

O interfone tocou
Eu corri a atender
Alguém me deu uma flor
Não pude reconhecer;
Estava um pouco escuro
E só depois que fui ver.
A rosa dizia tudo
Mas como compreender!
Nem mesmo um bilhetinho
Apenas uma rosa azul
E não havia um espinho
Ou qualquer indicação
Que me dissesse quem és tu?
Mesmo assim a emoção
Me envolveu completamente
E as lágrimas foram ao chão.
Guardei a rosa num vaso
Com carinho e com afeto
Na mesinha aqui ao lado
Pra ficar sempre por perto.
Amanhã ao despertar
A regarei novamente
Pra tão cedo não murchar
Ser azul eternamente.



Brasília, 14/07/2010