Eu errei, tu erraste, ele...
Vivendo fiz amigos, e alguns inimigos também
Cometi acertos, mas para quantos equívocos?
Vivenciei amores, mas por quantos fui odiado?
Em balanças de juízo, para qual lado penderei?
Sei que ajudei velhas senhoras atravessarem ruas
e que, por vezes, me deixei levar por trilhas obscuras
reencontrarei as velhas senhoras que encaminhei?
Em exames de consciência, em consultas a orixás
Posso esperar equilíbrio nas ações que cometi?
Não sei se teria conseguido só praticar o esperado
Penso que, na vida, o erro já é um fato consumado
Não há como ser totalmente transparente em tudo
Sei que do julgamento final não há como se safar
Então, que meu caminhar permita-me ver com a razão
Onde devo distribuir perdão, para que Ele possa me perdoar