Letras

Não canto somente o verso divulgado pelo vento, escrevo o passo habitado no pé, escrito no solo e escondido na sombra de teu olhar. Habito o segundo adormecido, fugido do contrato; habito a muralha compassada da letra e permaneço abstrato às vezes, mas um clarão contorna o espaço em ondas de flores. Flor do mato derretida entre a areia, num deserto quilométrico, bem perto do amor.