Versos Extraviados.....

Versos Extraviados

Busco no universo afetos perdidos. Vagam submersos no rol das desesperanças meus sonhos, segredos. Não sei exatamente a cor que outrora tive no olhar. Sei que secos de ternura, são áridos descaminhos.

Não sei exata a cor da felicidade, mas sei que tem matizes, qual meu olhar, ausente e ti.

Nunca pude definir o dia mais feliz, a expressão da verdadeira alegria. Mas sei que a face do real abandono é o regresso do teu tardio olhar.

Não sei de “sins nem de nãos”, busco acordo com cada “talvez” da tua presença.

Ando, ao largo e ao longe, deserta e a deriva,

Busco um caminho,

Chegar perto,

Do ar que é teu...

Agonizo da tua falta.

Cato razões inversas para acertar meu verso, troco rimas por sugestões que rendam contentamento.

Não conheço o som emanado do olhar, tampouco o reflexo da palavra que evoca o amar. Nunca soube da energia contida no regressar, sei apenas do vácuo do partir, do oco do deixar. Não sei do pressuposto de te ver tornar.

Navego e me entrego no pouco que resta do expectar. Tem horas que o afligir cega o pensamento. Dai sigo nublada, sem pontos, sem pausas, sem parágrafos, sem exclamar.

Apenas algumas reticências

(...)

Reminiscências,

Parcos versos extraviados,

Mero acaso do olhar...

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 11/07/2010
Código do texto: T2371893
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