Versos Extraviados.....
Versos Extraviados
Busco no universo afetos perdidos. Vagam submersos no rol das desesperanças meus sonhos, segredos. Não sei exatamente a cor que outrora tive no olhar. Sei que secos de ternura, são áridos descaminhos.
Não sei exata a cor da felicidade, mas sei que tem matizes, qual meu olhar, ausente e ti.
Nunca pude definir o dia mais feliz, a expressão da verdadeira alegria. Mas sei que a face do real abandono é o regresso do teu tardio olhar.
Não sei de “sins nem de nãos”, busco acordo com cada “talvez” da tua presença.
Ando, ao largo e ao longe, deserta e a deriva,
Busco um caminho,
Chegar perto,
Do ar que é teu...
Agonizo da tua falta.
Cato razões inversas para acertar meu verso, troco rimas por sugestões que rendam contentamento.
Não conheço o som emanado do olhar, tampouco o reflexo da palavra que evoca o amar. Nunca soube da energia contida no regressar, sei apenas do vácuo do partir, do oco do deixar. Não sei do pressuposto de te ver tornar.
Navego e me entrego no pouco que resta do expectar. Tem horas que o afligir cega o pensamento. Dai sigo nublada, sem pontos, sem pausas, sem parágrafos, sem exclamar.
Apenas algumas reticências
(...)
Reminiscências,
Parcos versos extraviados,
Mero acaso do olhar...