Róseas Estrelas
As camélias cor de rosa começam a perder as folhas,
a deixar seus corpos cairem na imensidão.
São os ventos, dizem.
Elas são geradas pelo sol,
mas sucumbem aos ventos.
Tão breve vida para iluminar meus olhos!
É grave esse rosto que cai,
a pétala que demarca no solo
o repouso da beleza vencida.
Outros botões vão despertar em breve.
Cavaleiros aninhados no ventre do tempo,
aguardam a abertura do portal,
para adentrarem a vida.
Assim, meus olhos,
que se entregam à essa beleza
que ainda dorme
mas que, em seu silêncio e cósmico mistério,
já acende, nesse meu insólito jardim de inverno,
uma a uma,
róseas estrelas de esperança.
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