ASTRO REI

O sol que ardia naquela estação

Estava a pino e bem destacado

Envolto de círculos em cores diversas,

Grande umidade o ar carregado.

Calor gigantesco num corpo deserto...

Mormaços de amores no lado do peito

Fervilha geral em toda extensão,

Vapor que sublima condensa em lágrimas

Eclode nas câmeras de toda ilusão.

Correntes no leito do desfiladeiro

Molhando com jeito o perene rosto

O pressuposto com trejeito tosco

Balança o orgão de cavidade oca

Tranformando planto em inspiração.

Em todas vertentes que o lago formava

Bombeando e puxando ELE transportava

Toda providência que necessitava.

Renova o ciclo e nessa abundância

Alimenta a esperança,

Dá um novo sentido ao sonho perdido

E sucumbido de novo é libido

De outra ilusão.

Sebastião Bronze
Enviado por Sebastião Bronze em 10/09/2006
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