ASTRO REI
O sol que ardia naquela estação
Estava a pino e bem destacado
Envolto de círculos em cores diversas,
Grande umidade o ar carregado.
Calor gigantesco num corpo deserto...
Mormaços de amores no lado do peito
Fervilha geral em toda extensão,
Vapor que sublima condensa em lágrimas
Eclode nas câmeras de toda ilusão.
Correntes no leito do desfiladeiro
Molhando com jeito o perene rosto
O pressuposto com trejeito tosco
Balança o orgão de cavidade oca
Tranformando planto em inspiração.
Em todas vertentes que o lago formava
Bombeando e puxando ELE transportava
Toda providência que necessitava.
Renova o ciclo e nessa abundância
Alimenta a esperança,
Dá um novo sentido ao sonho perdido
E sucumbido de novo é libido
De outra ilusão.