O CÉU DOS PROFANOS
As vezes é preciso ver o céu cair
para se saber que está no inferno.
Saber a sua posição no mundo
é saber o que é o mundo.
Entre viagens lunáticas ao paraíso
e depressões sôfregas no inferno
vamos perdendo a nossa inocência,
a nossa sinceridade,
e a nossa fé...
Quando tudo o que se tem são pedaços de céu quebrado
sempre se monta um inferno... Eis a engenharia da decadência
configurando a realidade,
a única realidade que resta dos estilhaços do céu...
Mas nos guetos do universo,
na periferia do panteão...
Há um outro céu onde nuvem e sol
possuem o mesmo valor;
onde se morre, se nasce, se perde, se ganha,
mas não se fala de amor; ama-se.
Onde as bocas não falam; apenas salivam e degustam;
onde é impossível falar, de tanto sentir...
Onde nunca se sonha porque tudo acontece;
onde o céu não se quebra porque não é sagrado;
onde o brilho dos olhos vale mais que
mil velas acesas...
O céu dos profanos.
As vezes é preciso ver o céu cair
para se saber que está no inferno.
Saber a sua posição no mundo
é saber o que é o mundo.
Entre viagens lunáticas ao paraíso
e depressões sôfregas no inferno
vamos perdendo a nossa inocência,
a nossa sinceridade,
e a nossa fé...
Quando tudo o que se tem são pedaços de céu quebrado
sempre se monta um inferno... Eis a engenharia da decadência
configurando a realidade,
a única realidade que resta dos estilhaços do céu...
Mas nos guetos do universo,
na periferia do panteão...
Há um outro céu onde nuvem e sol
possuem o mesmo valor;
onde se morre, se nasce, se perde, se ganha,
mas não se fala de amor; ama-se.
Onde as bocas não falam; apenas salivam e degustam;
onde é impossível falar, de tanto sentir...
Onde nunca se sonha porque tudo acontece;
onde o céu não se quebra porque não é sagrado;
onde o brilho dos olhos vale mais que
mil velas acesas...
O céu dos profanos.