Opaco
Errante em bosques perdido
Caminhava entre ramos escuros
Opaco arvoredo encontrei
E talhando em versos procuro
A luz do perdão imerecido
Augúrio sem furo ou perjúrio.
Continuei meu prófugo jugo,
Madeira, fogo e versos não adiantaram
Vi que meu esforço era inútil
Minhas mãos, o caminho, não iluminavam.
Clamei então o favor da lua:
- Ilumina meus olhos rainha da noite!
Num sussuro senti que a chuva chorava
Por mim nada faria a estrela de prata.
Nada a fazer, ninguém me socorre
Perdido no bosque eu continuo
Ouvi do gorjeio de um pássaro
A quem de fato devo meu culto.
Resolvi clamar para o Pai de Luz
E logo minha noite se fez manhã
Uma estrela brilhante no céu traduz
Que meu ontem opaco virou tenro amanhã.
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"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6