DISTRAIDA E ENCABULADA
Esta moça distraída e encabulada,
Ao contrário tem as sensações pra dentro,
Não consegue ter visão nem mesmo alerta,
Mas atrai para si o sofrimento,
Quantas angustias se acumulam no teu ser,
Mais nem assim ela entende por tormentos,
Chega a pensar ser as conseqüências do viver,
Que os seus calvários denotam merecimentos,
Desconhece das luxurias o sabor,
Mas lhe atordoam os viços constantemente,
Não provara da libido o seu teor,
Mas lhes aborrecem as sensações em cada evento,
As neuroses advindas dos desejos,
São macabras, e satisfazem outro elemento,
Deixa a coitada sentindo-se humilhada,
E se taxando de um destroço sem talento,
Culpados, são os que lhe iludem com desdenho,
Quando devia lhe acolher em sentimentos,
Concedendo-lhe o afeto desejado,
Mesmo que este não lhes devolvam provimentos,
Não é só gozo que enobrece a uma causa,
Mais a virtude, está no feito competente.