Prosa Poética – A mulher que eu criei pra mim
Aos leitores informo que minha prosa poética não obedece a qualquer norma
Sempre imaginei ter pra mim uma mulher diferente.
Sonhar é livre e foi assim o meu sonho:
Aos poucos, uma foi formando em minha cabeça
Tão perfeita quanto possível, diria muito atraente
Quer no rosto e com um corpo belo, perfeito, plausível
Até que cheguei ao seu conceito final
O estereótipo estava praticamente modelado, incrível
E isso já me era um bom sinal
Num dia descontraído eu a vi, de verdade
Praticamente ao meu lado, no shopping da cidade
Estava bem ali junto de mim, olhando-me sem parar
Quando eu a fitava ela mudava a direção do seu olhar, nervosa
Seria uma mulher proibida, quem sabe, talvez, muito formosa...
Com certeza, mas no meu pensar ela me queria
Aquilo me martelou muito, até que um dia
Recebo uma ligação sua no meu celular
Quem lhe dera meu número, eu não sabia
-- Lindo, sou eu, há tempo me apaixonei por você,
mas soube que ia embora pra outra cidade...
-- Verdade, pra minha tristeza, tudo me parece irônico
-- Meu casamento não está no fim, mas o coração pede sua amizade
-- Não costumo quebrar responsabilidade, você jurou lealdade
-- Mas querido, qual é mesmo o seu receio?
-- Não é medo, temor ou dúvida, creio
-- Quero ser preenchida por você, não me recuse
-- Você é a mulher que imaginei pra toda a minha vida...
-- Fique comigo, não seja tão irônico
-- Não, não é isso, esse amor deve ser platônico;
Não tenho o direito de fazer mudar o seu destino, a sua diretriz;
Nem aos meus quero deixar cicatriz, volte pra casa e seja feliz.
Quando me acordei, ao meu lado estava a mulher que tanto eu quis.
Tudo apenas fora sonho real, nada mais.
Em revisão.