Sobrescritos.

Transformo minhas mensagens em essência sentimental,

Letras homônimas que tendem a se perder ingenuamente,

Ofereço-as a uma eternidade num sustento suave e natural,

Contornando-as a uma só neste tempo sereno em música inocente,

Estão em harmonia como se freqüentassem a mesma orquestra,

Num resguardo de aproximação tranqüila e bem estar,

Certificando a articulação nos adágios da obra mestra,

Exercitando afetuosamente a serenidade no recinto que passar,

Cogitam os propósitos de integridade, estimação e coragem,

Ajustando-se, uma a uma, nas afabilidades que as aproximam,

Oferecendo o que se conserva no ânimo e na moldagem,

A “ternura”, uma estima ilustre nos ansiares que animam,

Repassam lembranças do desconhecido, experimentando melodias,

Aconchegando silentes linguagens nas peças para quem quiser ouvir,

Distinguindo fantasias pulcras desenvolvidas em novas poesias,

Improvisando afluências de vocábulos sobre obras que venham a surgir,

Minhas letras são semelhantes, submersas volitando no coração,

Afundando em aspiração e euforia, reconhecendo cada novo experimento,

Proclamando neste caminho os que distinguem esta direção,

Pois na sorção da nova era, vai permanecer ininterrupto o sentimento,

Enfileirando expressões por conseguir senti-las neste andamento,

Estendendo ocorrências em que se envolvam, que se fazem destacar,

Para que assinalem abertamente os presságios neste movimento,

Mostrando a vida absoluta, dentro do que é o óbvio e cômodo realizar,

Minhas mensagens são a profundeza compassiva em que o nada tudo obtém,

A consistência do co-existir substancialmente, o ciclo simples e comum,

Letras presas pelo fio cintilando a luz do sol no ponto que nada as detém,

Limites no terno e apropriado, não importando se as regras não as levam a lugar algum...