Paradoxos

Em meio a toda essa multidão, estou só!

Estou cheio de me sentir vazio... Uma escala sem Dó!

Ensopado de tanta secura,

E, na moleza de nefasta agrura,

É na destreza que, sem jeito,

O que não tem jeito, se cura.

Falando neste silêncio morbidal,

Aquieto-me com protestos mil...

Desejando a distância longitudinal;

Equinócio da dor e do amor vil.

Parti de ti, contigo ficando...

Fiquei contigo, de ti me afastando...

Teu silêncio ribomba como trovão,

O início do fim... Dilaceração!

O coração que bate em peito morto

Anuncia a expectação:

Aqui jaz o amor derradeiro,

O único, o verdadeiro, o primeiro.

Lágrimas...

Sorrisos...

Vaias...

Aplausos...

PaPeL
Enviado por PaPeL em 30/06/2010
Reeditado em 13/06/2011
Código do texto: T2350527
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.