Paradoxos
Em meio a toda essa multidão, estou só!
Estou cheio de me sentir vazio... Uma escala sem Dó!
Ensopado de tanta secura,
E, na moleza de nefasta agrura,
É na destreza que, sem jeito,
O que não tem jeito, se cura.
Falando neste silêncio morbidal,
Aquieto-me com protestos mil...
Desejando a distância longitudinal;
Equinócio da dor e do amor vil.
Parti de ti, contigo ficando...
Fiquei contigo, de ti me afastando...
Teu silêncio ribomba como trovão,
O início do fim... Dilaceração!
O coração que bate em peito morto
Anuncia a expectação:
Aqui jaz o amor derradeiro,
O único, o verdadeiro, o primeiro.
Lágrimas...
Sorrisos...
Vaias...
Aplausos...