Luz da noite que conduz por caminhos e pensamentos, onde vago, por labirintos em névoas. 

Transporto-me à maré alta, pés descalços na areia limpa. 

Sinto a arrebentação das ondas, trazendo esculturas de sal.

Por onde andarei? Não enxergo mais os caminhos, escolhas deixaram de fazer sentido e a vida se faz quase destruída.

Os ventos espalham como sussurros mentiras. A noite se alegra contando como verdades.

Ao abrir da luz surge uma ponte que liga ao inimaginável, e castelos de sonhos se erguem nas folhas amareladas dos contos infantis.

Por que a luz da noite?

Direi que é a mais bela entre todas as luas descobertas.

Que o brilho esconde o eu.

Por uma tênue ilusão: a do viver iluminado e morrer camuflado.