SEMENTES MORTAS
 
Serei culpado neste instigante mistério.
Não consigo com esforço decifrar.
Serei espelho da minha própria esfinge.
Vendo o reflexo da infeliz recordação.
Mudei? Ou mudaram sem prévio aviso.
Duvidando da escuridão das trevas.
Quando as trevas são a própria escuridão.
 
Fomos levados por mundos diferentes.
Sufocando no peito nossos gritos.
Indestrutíveis grilhões nos aprisionam.
Impedindo nossos passos no futuro.
Ontem, semeamos na aridez das pedras.
E nos deixamos conduzir em paralelo.
Hoje, sem forças e infelizes esbarramos
em velhos conceitos existentes.
Em lados diferentes destes muros.
 

Sarrafo
Enviado por Sarrafo em 26/06/2010
Reeditado em 16/04/2012
Código do texto: T2343399
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