Fim de Noite

Que confusão,

o bonde perdi.

Desci o monte,

corri, corri.

Anoite era fria,

como era!

Corpo, alma

enrijecidos.

A Lua sumiu,

saiu o Sol,

o dia chegou,

gorgeam os passáros

anunciando a manhã.

E eu, cansada

ainda corria...

vio o rio,

a terra,

o céu,

o ar,

o homem,

o animal,

e tudo que se imaginar.

Mas e o danado do bonde?

Esse eu não vi,

se escondeu

Deus sabe onde,

nem procurei,

porque já era dia

e noite,

não mais fazia!

Patrícia Henrique Silva
Enviado por Patrícia Henrique Silva em 06/09/2006
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