Quando eu sinto...
Quando sinto-me vítima do meu próprio destino...
Quando eu colho os frutos da sorte que escolhi...
Quando na solidão...ou na luta cotidiana...
Se em algum momento lembro-me de ti...
E penso;na solidão do leito....
Mesmo que seja solidão à dois...
Em como seria a estrada da vida...
Vivida ao teu lado...
Visito-me...olho-me...
por dentro... e por fora...
E vejo que ainda sou feita...
De lágrimas e risos...
De conversa sensata..
De sorriso franco...
Sou capaz de amar-me!
Quando vitimizo-me...
Vejo só o meu lado mulher...
Limitado...
Sou mais que isso!
Então, eu vejo...que tu não me vistes...
Não me conhecestes...não me amastes...
No teu egoismo...não vistes que “eu era você”
Pedaço de ti...em construção...
Mas é passado...vamos voltar ao presente...
Por ser a solidão um momento de reflexão:
“Não está só quem aprendeu amar a si próprio.
Agora,sim,estará preparado para amar um outro alguém!”
Agora sei que “eu sou eu” e você e você”...
Que temos que respeitar nossos próprios limites!
Sei também que o 'eu' de agora...
já não é o mesmo 'eu' do passado...
Nenhum de nós somos os mesmos da juventude...
Somos seres mutantes...em eterna aprendizagem...
Por isso...quando me sinto vítima do destino...
Sorrio...um sorriso de quem viveu...de quem escolheu...
Por que aquela jovem do passado...não sou eu!!