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NÃO  CONTAREI . . .

...quantos anos se passaram,
mas sim, as boas e lúcidas lembranças;

...as tristezas e solidões vividas,
mas guardarei as alegrias compartilhadas;


...as mágoas que arquivei,
mas demonstrarei o perdão que conseguirei oferecer;

...quantas amizades não cultivei,
mas contarei as mais sinceras, que pude conservar;

...as palavras vazias proferidas,
mas lembrarei das mais doces e confortantes ofertadas;

...as lágrimas no meu rosto jorradas,
mas vou contar as de felicidade e outras que esculpiram
a minha alma;

...quantas injustiças sofri,
mas contarei a justiça que me aguardará
no Lar Eterno;

...os desamores experimentados,
mas direi sobre todo amor
que a minha bondade plantou;

...as sombras negras que me acompanharam,
mas vou enumerar os sorrisos dos amigos,
que de mim se aconchegaram;

...os degraus que desci, quando da minha debilidade,
mas contarei quantos escalei até a alturas possíveis,
alicerçando o meu crescimento;

... quantos momentos eu me calei
e sufoquei sentimentos,
mas lembrarei sempre,
que exalei toda pureza do coração, 
por quem tanto amei!