Escorpiões e Borboletas
Ri, e rola, e ri, risada gostosa de criança pequena, de criança, pequena que gosta de rolar e correr e rolar atrás das vírgulas, e vem areia no cabelo. É preto, E ri..., Agora é preto, E parece uma graúna!, Eu rio, E não é que parece?, E ela rola pela canga, rindo, rindo, lindo, areia branca no cabelo preto, graúna, É preto, nem combina mais com praia..., E olho os olhos, verdes, águas, verde-preto, água-graúna, e mergulho neles, são olhos teus, menina bonita, são olhos ateus de quem perdeu a própria vida,
pequena risonha, branca, tão branca, combinando com a areia, combinando com a Remédios, a bela, Aquela, a Mais Bonita, de risada de criança e andar relaxado, de borboletas amarelas e conversas na porta da escola, pulinhos e comentários bobos, é névoa verde que rola, e ri, e rola pela canga que mais parece uma toalha de mesa, mas pega areia no cabelo, areia branca no cabelo preto, e me diz, com o biquíni de bolinhas:
- Eu gosto é dos escorpiões.