A experiência do amor
Vivemos a todo momento uma expressão da vida das mais significativas: a própria existência. Existir é a primeira e exclusiva realidade de um ser vivo, devido inclusive a sua presença física entre outros seres. Vivemos porque existimos e fazemos parte de um todo constituído de significados inabaláveis, na medido de nossas sensações, produto desde os sentidos visuais até os olfativos. Atuamos de forma presente e nos construímos momento-a-momento, tratando os instantes passados como experiências presentes para um futuro de compreensões mais maduras sobre a realidade da própria vida.
Existimos, vivemos, nosso coração bate, nossas veias pulsam, os desejos se proliferam a cada mais uma percepção da bela realidade a qual estamos inseridos e fazemos parte. Os desejos se fazem presentes na dimensão do prazer que vamos experimentando ao longo do tempo, e quanto mais se vai acumulando experiências, mais se faz visível a ansiedade de passar pelo mesmo prazer de antes ou querer superá-lo numa intensidade maior. O que é puro sentimento provoca reação do corpo capaz de dá-lo mais vida ou deixa-lo com menos sentido de sobrevivência.
Quando o coração bate mais forte por um bem sentimental adquirido, supõe-se que exista um contexto onde os desejos se afloram a ponto de acelerar os batimentos cardíacos. O beijo é uma expressão bem evidente de como o coração em instantes, faz-se bater mais rápido. O sentimento é contagiante, ultrapassa a barreira de um único órgão, contamina-se passando por todo o organismo, chegando ao prazer tão almejado. O ápice, contudo, não está em atos sensíveis, aparentemente perceptíveis como um beijo, um abraço, um gesto carinho, um toque sutil em qualquer parte do corpo. A sublimidade do prazer e a maior experiência que podemos passar em nossas vidas é intocável.
O amor, ah o amor. Onde ele está? Onde se encontra para poder toca-lo e senti-lo? Por que ele não vem quando queremos e por vezes aparece sem que fosse chamado? O que é isso? O amor.... criação tão perfeita existente no âmago de todo ser humano, com características tão diversas quanto são as mais variadas formas de amar. Uma coisa é certa, ele está dentro do ser, da vida, da existência presente em um espaço qualquer. Ele não nasce pelo nosso bel prazer, mas floresce e murcha no terreno de nossa visão do mundo. Além do que a realidade nos faz compreender sobre si, o entendimento que temos da própria existência atua fundamentalmente na construção do amor. E quanto mais amamos, mais somos amados, possuídos por uma força desproporcional as habilidades físicas e psíquicas inerentes a nossa personalidade.
Se não fosse o amor, diríamos que estamos presos a uma terrível cadeia de sentimentos os quais não nos fazem mais viver somente para nós mesmo. Outrora, é o amor... doce encontro travado entre seres irresistivelmente atraídos um pelo outro. É pela liberdade mais que perfeita o sinal positivo para viver um grande amor, deixando-se contaminar pela experiência de ser amado e amar, na mais suave das realidades primeiras de nossa existência de seres apaixonados pela vida, perseguidores da felicidade e anunciadores do divino amor.