Armas

Acho que nunca tive armas para lutar.

Não. Não sou guerreira. Então,

que papel ocupo?

Não ataco, pouco me defendo.

(In) consciente (mente?)?

Olhos fechados, olhos vendados

de uma maneira a me guiar

instintivamente.

Tudo um grande ato de uma peça.

Movimentos nada treinados,

armas em desuso, desgastadas, espada sem fio.

Mãos que compões melodias, sonetos

poesias.

Um afago brando na alma de poucos.

As minhas armas...(?) inexistem.

Tenho apenas simples arte,

minhas palavras e minha música.

É o que tenho a ofereçer, a ofertar,

o que tenho em mim, ao meu redor.

O que me compõe.

O que fica de mim, o que passa, o que ecoa.

O que sou.

Adriana A Bruno
Enviado por Adriana A Bruno em 13/06/2010
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T2317388
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.