Armas
Acho que nunca tive armas para lutar.
Não. Não sou guerreira. Então,
que papel ocupo?
Não ataco, pouco me defendo.
(In) consciente (mente?)?
Olhos fechados, olhos vendados
de uma maneira a me guiar
instintivamente.
Tudo um grande ato de uma peça.
Movimentos nada treinados,
armas em desuso, desgastadas, espada sem fio.
Mãos que compões melodias, sonetos
poesias.
Um afago brando na alma de poucos.
As minhas armas...(?) inexistem.
Tenho apenas simples arte,
minhas palavras e minha música.
É o que tenho a ofereçer, a ofertar,
o que tenho em mim, ao meu redor.
O que me compõe.
O que fica de mim, o que passa, o que ecoa.
O que sou.