Prazeres

Na quietude da madrugada,
Enquanto não me toma o sono,
Assaltam-me prazeres do dia.
São frágeis biscuís,
Enfeitam as prateleiras da vida.
São coloridas bolhas de sabão
Sobressaem no preto e branco do mundo.
Entram-me na alma atormentada,
Acarinham-me o adormecer,
O perfume das rosas,
O suave canto do rouxinol,
O sorriso da menina de olhar azul,
A emoção do entardecer...
E no limiar da entrega,
Último pensamento
A Deus, criador da beleza,
Que me deu sanidade
Para desfrutá-la.
 

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