NOITE SONOLENTA


A noite sonolenta foi se embora
Adormecer nos braços da saudade
Enquanto a madrugada fria e tensa
Segue enxugando o pranto de quem chora.
Assim como a infância e a adolescência
Passam depressa pelas nossas vidas
Tais quais minutos e horas de indolência
Passam madrugadas e noites mal dormidas.
Não mais que de repente a vida vai passando
Tal qual a brisa que traz a aurora
E nós, só com a saudade é que ficamos
Contando o tempo que se foi com as horas.
Só não os sonhos passam tão depressa
Que bom que eles nos seguem vida afora!
Feliz daqueles que os sonhos conservam
Porque a vida passa, tanto quanto agora
Tentando acalentar os que ainda sonham.



Brasília, 11/06/2010