Meus homens (Matrizes)

Matrizes ( Meus Homens)

Um é a paixão, a emoção o fogo.

O outro é a simpatia, a razão,

A abnegação e a simplicidade.

O outro ainda é a culpa,

A mágoa, a prisão, o fio difícil de cortar. A dor!

Mesclam-se, sem eu discernir.

Como nariz afogar-se no pó.

Ethos viciado

Amor ás partes, impossível de juntar.

Picasso à penumbra

Onde raios! Tela invisível,

Faço laio de balaio, saio,

Nas noites de fantásticos psicodelistas,

Laivo.

Traio a todos;

Estando com um só.

Aste pudica e sombra de Madalena

De um realizar-se no fogo lascivo assim

Ah! Lambuza e abusa

Os versos intelectuais do outro, transar.

Quimera sem fim

Em quando de vez apodrecer

Acorrentar-se à culpa e a pena. Miséria

MasocoMANIACOdepressivo.

De outro a mais.

Juntar os agares no cabaz

E miolar

Hipótese e Hipocrisia

Remeiro de Ades

Sombras que atormentam

Deslizar, nesse mancal.

Rasgam-me em dor e tetricismo.

Exalo dissimulação

E as paixões me são o mal.

Meu rosto? Descorado.

As noites, fulvo.

Pústulas

Espírito a ilibar

Sorriso macilento

Colchão ataúde.

Marcha funda silábica.

Penúria vexativa,

Que a morte sádica não faz descansar.

Possessiva, assim como Deuses e Demônios,

Eunucos sem mim, sejam já!

Justiça própria! Vestuto.

Infelicidade e desilusão para todos.

Lacraia lúgubre

Lúcifer (a) que não admite outra possibilidade que não a condenação e destrói o que toca,

Se não eu, ninguém!

Amalgama sem ácido,

Destemperança que extorquiu os lacrimais.

Ao pútrido, lenço de lavanda!

Que com sedas se disfarça.

Sombras, sombras!

Que em Bartoline excita

Vão e vem.

Se são meus, e de OUTRAS?

Vingo! Se não em sangue...

Eu deles, de todos; NENHUM e de ninguém.

Texto: Texto pensado no dia 03 de janeiro 2007 no bar Viva a Noite em Cajazeiras. O texto tem data, mas, o tema deve ser “universal”.

Conceiça Santos
Enviado por Conceiça Santos em 09/06/2010
Reeditado em 24/05/2012
Código do texto: T2309399
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.