Amor sofrido - Romãs às avessas
Primeiro eu te amei Juliana, depois você me amou. E foi assim que vivemos juntos um amor de verdade.
Aquele... que vagueia entre versos e rosas, mimos, sexo, paixão e tédio.
O amor com o inferno do aluguel, dedos e circunferência de metal.
Não minto Juliana... também o céu do orgasmo!
Teve assim, Juliana, o teatro do fingimento, e a virgindade do realmente acontecido.
Em tua companhia Juliana, o tempo foi passando, com noites passageiras e um estado de prazer que para o momento era em sua extensão e significado, absoluto. Mas também Juliana... o corte na paz, tão audíveis eram os gritos das Madonas condenadas de Lúcifer. Nós brigamos Juliana! Cansavas tu, gritava tua boca e em ti aos poucos silenciava o amor. Em mim acordava o desespero. Não foi assim?
E de tão assim... os bares preencheram mal acabado os meus buracos de alma. Na estranha a cópula de escape. Nas longas horas que deixara vazia tua cama hoje em ti tão falta de amor. No teu cigarro um desesperar de ansiedade, no choro o socorro do suicídio. No uísque a coragem para com outros homens deitar. Foi congelando tu mulher sem que eu realmente visse. Congelando! Estamos morrendo nós Juliana?
[silêncio]
Assim partamos!
Que não nos acovardemos Juliana. Talvez assim cada um de nós viva para talvez outro amor saber amar. Mas não estranha Juliana... ainda morro de amor, mesmo sem objetivamente poder em nós salvar. Eu sou ele juliana, o outro que não soube por muitos momentos bons os poucos ruins suportar.