COISA DO SERTÃO
No silêncio da noite enluarada a beijar
a madrugada a espera do alvorejar do
novo dia, volto a contemplar a passarada
no arvoredo a cantar com maestria.
O sol vem chegando a lançar-se sobre a
terra ressequida numa luta desigual,
desnatural, nestas terras, nestas plagas
de noites tropicais, quase infernais, tão indormidas.
Pinçar a lembrança, recorrer à memória,
ouvir uma cantilena, contar uma estória;
sentir a música, querer a dança, nas
cordas da viola num convite à festança.