COISA DO SERTÃO

No silêncio da noite enluarada a beijar

a madrugada a espera do alvorejar do

novo dia, volto a contemplar a passarada

no arvoredo a cantar com maestria.

O sol vem chegando a lançar-se sobre a

terra ressequida numa luta desigual,

desnatural, nestas terras, nestas plagas

de noites tropicais, quase infernais, tão indormidas.

Pinçar a lembrança, recorrer à memória,

ouvir uma cantilena, contar uma estória;

sentir a música, querer a dança, nas

cordas da viola num convite à festança.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 06/06/2010
Código do texto: T2304086
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