MERO ACASO OU POR DESTINO...

Se eu conseguisse crer que viemos um ao outro por mero acaso; se igualmente eu pudesse atribuir ao acaso a responsabilidade pelos êxtases e descaminhos... identificação nos espelhos e traições às identidades... retornos e retrocessos... renascimentos e apocalipses... aprisionamento da luz em buracos negros...

Se eu pudesse descrer, totalmente, da fé em que nos conhecemos há pelo menos 1000 anos, me seria menos mortal partir, partir de novo, mais uma vez, nesta vida, "do teu rosto que é o meu rosto, das tuas mãos que são as minhas mãos."

Zuleika dos Reis, na noite de 5 de junho de 2010.