Saio à varanda...
Frívola noite branda
Pensamentos esvoejam sobre telhados
Dores escoam pelas vazias paredes
Insinuando-se fugidias pelos esgotos
Inquietude tanta que não se abranda
Agita-se e se espalha por todos os lados
Porque sois noite e noite não vedes
Tomar parte algo em seus desgostos
Vai a hora que apressada passa
Transpõe o limiar desse momento
No acre dessa angústia que grassa
Define o quanto dura um tormento
Tudo é tão somente um instante
Feito do ínfimo que me enleva
Tudo à noite é assim tão distante
Que passa, esvoaça, e não me leva
A emoção então trazida silenciada
Nesse alheamento me esquece
Mata-me no cimo da madrugada
Para me fazer nascer quando amanhece
Frívola noite branda
Pensamentos esvoejam sobre telhados
Dores escoam pelas vazias paredes
Insinuando-se fugidias pelos esgotos
Inquietude tanta que não se abranda
Agita-se e se espalha por todos os lados
Porque sois noite e noite não vedes
Tomar parte algo em seus desgostos
Vai a hora que apressada passa
Transpõe o limiar desse momento
No acre dessa angústia que grassa
Define o quanto dura um tormento
Tudo é tão somente um instante
Feito do ínfimo que me enleva
Tudo à noite é assim tão distante
Que passa, esvoaça, e não me leva
A emoção então trazida silenciada
Nesse alheamento me esquece
Mata-me no cimo da madrugada
Para me fazer nascer quando amanhece