O existencialismo do inexistente

As ruas vazias, o saco cheio.

Valsa dos passos: dois pra cá, dois pra longe.

Arroto o almoço...

Assopro pro ar!

Tem gente me olhando.

Moro num lugar que não me habita.

Visto um corpo que não me habilita.

Me leva pra casa?

Sinto frio.

Me dá chá-quente, me cura, sou doente!

Mais de uma cor no céu:clara, azul e escura.

Hoje chove a clara.Parte imunda inunda.Faz submerso meu existir disperso.

Sou sacanamente demente e crente:Acredito

na verdade por trás dos anjos.

Devota à lealdade à fé, creio tanto que duvido dos fatos.

Seria um gato, voaria coruja.

Troquei o lugar do óvulo, agora é em cima.

Ando ovulando desatinos.

Tem uns.Uns dias que.Que parecem com.O filme do.Ouço a música e.Gritos vãos violam a velha.A velha lei.Leio.

Com minha pluma me esfaqueio.

ladmira
Enviado por ladmira em 31/05/2010
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