AMOR À CAMISETA
Porto Alegre, Capital do Rio Grande do Sul, mobilizada contra o uso de drogas, sugeri a Marcinha fumante inveterada, já na faixa dos 50, fizesse um tratamento para abandonar o vício. Seus pulmões agradeceriam.
Após consultas, exames e reuniões, minha amiga decidiu internar-se a fim de começar vida nova. Chegado o dia, acompanhei-a. No Hospital, fomos recebidos por dois gentis enfermeiros que nos conduziram a um amplo salão, onde alguns pacientes, divididos em pequenos grupos, entretinham-se a jogar; canastra, dominó, o jogo da velha, exceto um senhor. Visivelmente alterado, de pé, frente à TV assistia ao jogo do Palmeiras com o São Paulo. Impaciente, aplaudia boa jogada do São Paulo, fazia caretas para jogadores do time adversário, mostrava o dedo médio da mão direita em riste, xingava a mãe do juiz, quando este apitava falta contra seu time do coração. Curiosa, perguntei a um dos atendentes, porque o "torcedor" não sentava. Foi quando um jogador de canastra adiantando-se:
– Qual é, dona, cara bom torcedor, aplaude seu time de pé – fica melhor para enxergar a goleira, po.
De repente, gol do Palmeiras. Qual surpresa minha, quando o senhor, rapidamente, bate na tela da TV, e a gritar toca no ombro de alguns, estende a mão aos jogadores do São Paulo, anda meia dúzia de passos, retorna. Procura alguém. Súbito, encontra, pois com certeiro pontapé na TV, altura "Seus Documentos " do meia esquerda do Palmeiras, grita:
– Isto seu filho da P... é para aprenderes a não chutar em gol, quando em impedimento.
Chocada, peguei minha amiga pelo braço e falei:
– Teu mal é só o cigarro! Vamos.
Após consultas, exames e reuniões, minha amiga decidiu internar-se a fim de começar vida nova. Chegado o dia, acompanhei-a. No Hospital, fomos recebidos por dois gentis enfermeiros que nos conduziram a um amplo salão, onde alguns pacientes, divididos em pequenos grupos, entretinham-se a jogar; canastra, dominó, o jogo da velha, exceto um senhor. Visivelmente alterado, de pé, frente à TV assistia ao jogo do Palmeiras com o São Paulo. Impaciente, aplaudia boa jogada do São Paulo, fazia caretas para jogadores do time adversário, mostrava o dedo médio da mão direita em riste, xingava a mãe do juiz, quando este apitava falta contra seu time do coração. Curiosa, perguntei a um dos atendentes, porque o "torcedor" não sentava. Foi quando um jogador de canastra adiantando-se:
– Qual é, dona, cara bom torcedor, aplaude seu time de pé – fica melhor para enxergar a goleira, po.
De repente, gol do Palmeiras. Qual surpresa minha, quando o senhor, rapidamente, bate na tela da TV, e a gritar toca no ombro de alguns, estende a mão aos jogadores do São Paulo, anda meia dúzia de passos, retorna. Procura alguém. Súbito, encontra, pois com certeiro pontapé na TV, altura "Seus Documentos " do meia esquerda do Palmeiras, grita:
– Isto seu filho da P... é para aprenderes a não chutar em gol, quando em impedimento.
Chocada, peguei minha amiga pelo braço e falei:
– Teu mal é só o cigarro! Vamos.